Copenhagen, buscando ser uma cidade carbono zero no ano de 2025, é a segunda cidade do mundo a tornarobrigatórios os telhados verdes, cobertos de hortas,gramados, musgos ou vegetação profusa.
A técnica, contrária aos efeitos do aquecimento global, funciona desde a Idade Média em casas de pedra, arquitetura sustentável Viking, erguida na Terra Nova, hoje Canadá (foto).A capital do reino da Dinamarca imita Toronto, no Canadá, onde já se adotou lei similar, que resultou em 1,2 milhão de metros quadrados verdes em diferentes tipos de construções e também em economia de energia de mais de 1,5 milhão de KW/hora por ano para os proprietários das edificações.Atualmente, apenas 35 edificações tem este perfil na capital da Dinamarca.
Na Suiça os telhados verdes já são obrigatórios em novos edifícios. Na Cidade do México quem adota tal iniciativa tem 10% de desconto no imposto predial.
Em Cingapura, a Universidade tem telhado verde, bem como o Royal Park Cingapure Hotel(foto)
Os telhados verdes, dizem os adeptos da engenharia sustentável, absorvem até 80% da água das chuvas,ajudam a reduzir problemas de inundação, reduzem as temperaturas urbanas, protegem as edificações dos raios Ultra Violetas, contribuem para melhor qualidade ar urbano, facilitam isolamento acústico e ainda propiciam o cultivo de hortifruti granjeiros para consumo doméstico.
No Brasil, o pioneiro foi o urbanista Lúcio Costa (1902-1998), ao propor, já em 1943, cobertura vegetal no Palácio Gustavo Capanema, sede do Ministério da Educação e da Saúde Pública,quando a capital ainda era no Rio de Janeiro, e Getúlio Vargas presidia o Brasil.
Em Curitiba, nos anos 60/70, Jaime Lerner fez verde o telhado da sua residência na rua Bom Jesus, há muitos anos, mas sempre Fani e ele tiveram problemas com goteiras.
Aí vem a pergunta: as goteiras podem ser impedidas por um bom impermeabilizante de lajes?
No Brasil, Christhiane Gatto, especialista em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora diz que sim. Nosso país já produz um impermeabilizante – a base de óleo de mamoma, matéria prima barata,não tóxica, com impacto ambiental zero – para cobertura de edificações.
Esta semana, em Floripa, nas portas da Agronômica, residência oficial do governador de SC, será inaugurado o primeiro ponto de ônibus com teto verde e energia solar do Brasil. O protótipo foi desenvolvido pelo núcleo de paisagismo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis.
A parada de ônibus, projetada para oferecer sombra e frescor nos dias de verão, permite os usuários carregarem seu celulares a custo zero, e ainda armazena água da chuva para irrigação do telhado.
Na imagem, o sonho. Simulação como ficaria o centro da metrópole paulistana se todos aderissem à boa ideia. Onde há verde, há esperança.